BRASÍLIA
O construtor Alberto Carlos Gomes de Souza entrou com pedido para obter justiça gratuita no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) em que é réu junto com o irmão, o deputado federal Loester Carlos Gomes de Souza, o Trutis (PSL).
Souza foi um dos alvos de busca e apreensão da Operação Tracker, desencadeada em 12 de novembro de 2020 pela Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, durante investigação do suposto atentado contra Trutis e seu chefe de gabinete, Ciro Fidélis. O fato teria ocorrido em 16 de fevereiro do ano passado, quando parlamentar e assessor viajavam entre Campo Grande e Sidrolândia.
Com o construtor, a PF encontrou uma pistola semiautomática, da marca Taurus, acompanhada de um carregador e número de série, portada ilegalmente, além de documentos de armas e um telefone celular.
Ao apresentar a defesa, Souza afirmou à ministra Rosa Weber, relatora do processo no STF, não dispor de rendimentos suficientes para o custeio da Justiça e advogado, sem prejuízo do seu sustento e o de sua minha família.
Apesar da justificativa, o construtor mora no Carandá Bosque, em Campo Grande. Perto do Parque das Nações Indígenas e Parque Ecológico do Sóter, o bairro é um dos mais privilegiados e valorizados da cidade, com uma das maiores rendas per capita, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Já o advogado apontou a condição de “miserabilidade” do seu cliente: “Primeiramente, requer a juntada do instrumento de procuração e declaração de justiça gratuita, beneficio este que o defendente desde já pleiteia diante de sua situação de miserabilidade”.
Justiça estadual
Rosa Weber entendeu que a apreensão de armas em poder de Souza não teria relação com o suposto atentado, razão pela qual decidiu encaminhar a investigação para a justiça de Mato Grosso do Sul. O inquérito contra Loester Trutis segue no STF porque ele tem foro privilegiado. Mas caberá à ministra apreciar o pedido de justiça gratuita.
A magistrada atendeu ainda sugestão do vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, para que seja oferecido a Alberto Carlos Gomes de Souza o acordo de não persecução penal, previsto no Código de Processo Penal. O instrumento foi criado em 2019 para reduzir a pena do condenado que confessar crime de “menor potencial ofensivo”. O irmão de Trutis está enquadrado no artigo 14, da Lei 10.826/03.
Na defesa, Alberto Carlos de Souza aceitou o acordo de não persecução penal, que será homologado somente depois que a Justiça fizer pente-fino sobre seus antecedentes criminais.
Esse Trutis não saem das páginas policiais, sempre está envolvido com tretas,por isso, sempre tem a primeira vez, depois que conhece não larga mais,é igual quem usa drogas, depois da primeira vez nunca mais deixará de usar a maldita drogas.