BRASÍLIA
Após o recesso do Judiciário, o Supremo Tribunal Federal começa a apertar o cerco contra o deputado federal Loester Carlos Gomes de Souza, o Trutis (PSL). Relatora do caso no STF, a ministra Rosa Weber determinou que o deputado seja notificado para apresentar defesa no prazo de 15 dias sobre a denúncia de ter forjado um atentado contra si em 16 de fevereiro de 2020.
Essa determinação consta em despacho de quinta-feira (3) no âmbito do Inquérito 4857, no qual a PGR (Procuradoria-Geral da República) denunciou o parlamentar em outubro de 2021 por comunicação falsa de crime, porte ilegal de arma de fogo e disparo de arma de fogo.
Além de Loester, a relatora também determinou que seja notificado Ciro Nogueira Fidelis, assessor do deputado que o acompanhava no veículo Toyota Corolla atingido por disparos de arma de fogo em 16 de fevereiro de 2020 na BR-060, entre Sidrolândia e Campo Grande.
Embora a versão do parlamentar seja de um atentado, as investigações conduzidas pela Polícia Federal indicam que ele mesmo forjou o ataque. O processo reúne uma série de provas contra Trutis, como rastreamento de GPS do veículo, câmeras espalhadas ao longo do rodovia e inúmeros laudos periciais.
Em postagem nas redes sociais feitas em 4 de agosto do ano passado, o deputado afirmou ser “vítima de um refinado conluio de autoridades locais”, negou o cometimento de qualquer crime e reforçou ter sido vítima de um atentado.
Em dezembro de 2020, Trutis entrou com dois pedidos de habeas corpus para impedir a tramitação da denúncia, ambos negados pelo ministro Dias Toffoli: “A análise dos autos revela que o caso não se enquadra na hipótese excepcional do art. 13, VIII, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal”.
Com informações do site www.douradosnews.com.br