CAMPO GRANDE
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou terça-feira (8), por unanimidade, o estatuto e o programa do União Brasil, o processo legal que sela a fusão entre o DEM e o PSL. Com isso, o União Brasil se tornará, num primeiro momento, o maior partido da Câmara.
Durante a sessão, o relator Edson Fachin declarou que, com base no exame dos documentos apresentados pelas legendas, verificou-se “o cumprimento de todos os requisitos necessários para a fusão de partido político”.
Fachin relembrou que, conforme dita a legislação eleitoral, devem ser somados os votos obtidos por DEM e PSL na última eleição nacional para que sejam repartidos na nova legenda os recursos do Fundo Partidário e do tempo gratuito de propaganda eleitoral em rádio e TV de que dispõem.
O União Brasil nasce com 81 deputados federais em exercício, que lhe garantem a maior cifra de fundos públicos para a sua manutenção, o equivalente a R$ 1 bilhão neste ano.
Mato Grosso do Sul
Em Mato Grosso do Sul, há expectativa pela filiação da deputada federal Rose Modesto, que deixará o PSDB. Segunda-feira (7), Modesto anunciou pré-candidatura ao Governo do Estado e acenou positivamente para disputar as eleições pelo União Brasil.
A nova legenda terá no Estado a senadora Soraya Thronicke, os deputados federais dr. Luiz Ovando e Loester Trutis, além da ministra Tereza Cristina, deputada federal licenciada, egressos do PSL e DEM. Thronicke articula para comandar o partido no Estado, o que pode afastar políticos com mandatos em decorrência do temperamento belicoso da parlamentar.
O MS em Brasília apurou, no entanto, que há dificuldade para a permanência da ministra Tereza Cristina e do deputado dr. Luiz Ovando no União Brasil. O deputado estadual Capitão Contar também não decidiu se fica na legenda. O fato de ser bolsonaristas é o principal entrave à continuidade dos três, uma vez que a direção nacional do União Brasil sinaliza que não deverá apoiar a reeleição de Jair Bolsonaro (PL).
Com informações do portal Terra