CAMPO GRANDE
A Prefeitura de Campo Grande se manifestou na manhã desta quinta-feira (10) sobre as graves declarações do secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, de que o chefe do executivo, Marquinhos Trad (PSD), tratou a pandemia com negligência (ver aqui). De acordo com Geraldo, o prefeito teria recusado oferta de leitos de UTIs feitas pelos Estados de São Paulo e de Rondônia, postura que teria causado a morte de 205 pessoas.
Na nota, no entanto, não há qualquer menção sobre as acusações de Geraldo Resende. Em entrevista à CBN Campo Grande ontem (9) pela manhã, o secretário afirmou que Trad tomou decisões políticas na área da saúde durante a pandemia, já de olho nas eleições deste ano.
“Campo Grande tem sido referência no atendimento a pacientes com Covid-19 em todo o estado, absorvendo a demanda de pacientes do interior, mesmo sendo eles de macrorregiões que não a da Capital. Durante o pico dos casos e de internações, em 2021, houve um incremento no total de leitos aumentou em mais de 200%, chegando a 333 leitos na cidade”, responde a prefeitura.
Segundo a prefeitura, naquele período, conforme portaria do próprio Ministério da Saúde, as UPAs e CRSs de Campo Grande estavam autorizadas a prestarem atendimentos de suporte ventilatório pulmonar – enquadrados em leitos de UTI – uma vez que contavam com respiradores e demais equipamentos necessários, além equipes multiprofissional. “Desta forma, os pacientes que estavam lá internados recebiam os mesmo cuidados daqueles passaram por atendimento hospitalar, não havendo desassistência a nenhum deles”, acrescenta.
E conclui as explicações: “Desde o início da pandemia, as equipes de saúde da Sesau tem trabalhado exaustivamente para evitar perdas de pacientes, contando, além da mão de obra e conhecimentos qualificados, com uma estrutura física reforçada, ampliando também o número de servidores e profissionais nestes locais.O atendimento prestado nas UPAs e CRSs é de eficiência inquestionável e os profissionais que lá atendem são extremamente qualificados, não faltando assistência a nenhum paciente que foi nestas admitido na unidade”.