BRASÍLIA
Pré-candidata a presidente pelo MDB, a senadora Simone Tebet (MS) tem enfrentado resistências ao seu nome como representante da “terceira via” nas eleições de outubro deste ano. A sul-mato-grossense não admite a hipótese de compor chapa como vice.
Até mesmo no MDB de Mato Grosso do Sul, o nome de Tebet não é bem-aceito por vários motivos. O principal deles é o fato de a senadora ter deixado o partido nu em 2018. Uma semana depois de ter seu nome lançado ao governo, a senadora anunciou sua desistência de disputar as eleições.
Os candidatos da agremiação tiveram que reestruturar a campanha. Sacrificou o então deputado estadual Junior Mochi, que tinha reeleição praticamente garantida. Ao final da disputa, o partido perdeu a vaga ao Senado de Waldemir Moka e não elegeu nem um deputado federal.
Some-se a isso a forte oposição que a emedebista faz ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que reúne grande apoio em Mato Grosso do Sul, e também por ter se aliado aos senadores Renan Calheiros (AL), Omar Aziz (PSD) e Randolfe Rodrigues (Rede) durante a CPI da Covid do Senado.
Diante de tantos obstáculos, Tebet lançou nesta semana a frase “nós podemos”, ressuscitando slogan muito utilizado nos estádios de futebol na América Latina, especialmente.
Em postagem nas redes sociais esta semana, a senadora destacou a frase e se disse porta-voz do MDB: “E é disso que nosso país e o mundo estão precisando: de um esforço conjunto para restaurar a esperança e reconstruir o futuro. Nós podemos! Essa é uma bandeira do @MDB_Nacional. Simone Tebet é porta-voz do @MDB_Nacional”.
Os gritos “sí, se puede” (sim, nós podemos) são repetidos quando uma equipe está enfrentando problemas com adversário mais qualificado, ou mesmo quando não se tem muita chance de vitória. A expressão também foi utilizada no discurso de despedida do presidente Barack Obama, dos Estados Unidos, em 2017.