CAMPO GRANDE
Candidato ao Governo do Estado pelo PRTB, o deputado estadual Capitão Contar rechaça a tentativa de adversários, segundo ele, de ligarem seu nome e o da sua mulher e candidata a deputada estadual, Iara Diniz Contar, ao prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD).
Em vídeo anônimo compartilhado em grupos no aplicativo de conversas WhatsApp, o candidato e sua mulher têm seus nomes associados a Trad, que responde a uma série de acusações de crimes sexuais contra 15 mulheres.
Em decisão da última quinta-feira (18), o desembargador Vladimir Abreu da Silva, do Tribunal Regional Eleitoral, determinou a retirada do vídeo e das mensagens publicadas nos grupos, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.
Ao comentar a decisão do TRE, Contar questionou as intenções de ligá-lo a Marquinhos Trad, candidato acusado por vários crimes sexuais, como assédio, importunação, estupro, tentativa de estupro e favorecimento à prostituição.
“Uma pergunta não quer se calar: a quem interessa associar minha imagem a de um ex-prefeito cheio de acusações de assédio sexual? Nós não somos como esses grupos da velha política que utilizam práticas obscuras para tentar desacreditar quem ameaça seus planos de continuar no poder”, contra-atacou.
A quem interessa associar minha imagem a de um ex-prefeito cheio de acusações de assédio sexual? — Deputado estadual Capitão Contar, candidato a governador
Decisão
O vídeo retrata suposto acordo entre Contar e Marquinhos, inclusive com a montagem de estrutura única para divulgação de fake news contra os adversários. Também cita a atuação de Iara Diniz nos atos que levaram à cassação de mandato do então prefeito Alcides Bernal, de Campo Grande, em março de 2014. O material estaria sendo compartilhado por três pessoas, uma delas identificada e citada na ação.
Na decisão, o desembargador afirma que o conjunto do vídeo mancha a imagem do candidato Capitão Contar. “Há o apelo ao imaginário político do eleitor, pelo uso de palavras e expressões como ‘gabinete de disparos’, ‘fake news’ e ‘site fake cair’ que, associadas à trilha musical de fundo, buscam macular a imagem do representante, associando-o a condutas ilícitas”, escreveu.