BRASÍLIA
O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux assumiu a relatoria do processo contra o deputado federal Loester Carlos Gomes de Souza, o Trutis (PL). O parlamentar é acusado de forjar o próprio atentado, em fevereiro de 2020, com ajuda do seu então chefe de gabinete Ciro Nogueira Fidelis.
A relatora do caso até então, a ministra Rosa Weber, assumiu ontem a presidência do STF, justamente em substituição a Luiz Fux.
A mudança de relator, no entanto, não deve alterar a tramitação do processo contra Trutis. Em agosto, a defesa do deputado entrou com embargos de declaração contra a decisão em que o tribunal acolheu denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por 11 a 0.
Com o recurso, o julgamento de Trutis só deve ocorrer após as eleições. Ele responde por falsa comunicação de crime, porte e disparo de arma de fogo. A pena mínima para esses crimes é de quatro e máxima de oito anos. Se condenado, Trutis não poderá ser diplomado, caso seja reeleito em outubro.
O parlamentar, em três anos de mandato, coleciona uma série de problemas e irregularidades, como uso da verba indenizatória da Câmara para pagamento de despesas pessoais, como o aluguel da casa onde morava com a mulher e os três filhos, no Bairro Vilas Boas, em Campo Grande (ver aqui).
Também utilizou recursos públicos para pagar viagem de Brasília a Campo Grande para sua então assessora, hoje sua mulher, Raquelle Lisboa Alves. Os deslocamentos aéreos ocorreram em janeiro de 2020, em pleno recesso do Congresso (ver aqui).