CAMPO GRANDE
As equipes do “Opera MS” e “Examina MS” bateram recorde de cirurgias eletivas e exames diagnósticos nos municípios que fizeram adesão aos projetos. O ‘Opera MS’, por exemplo, executou em seis meses o que estava previsto para ser realizado em um ano.
Os projetos, que fazem parte da Caravana da Saúde, ajudaram a desafogar a fila de pacientes nos municípios que ficaram à espera da realização de procedimentos devido a pandemia Covid-19.
Quanto ao ‘Opera MS’, as solicitações foram inseridas por todos municípios e direcionadas aos ’34 municípios polos’ que aderiram ao projeto e se tornaram executantes dos procedimentos. No total, foram feitos 12 mil pedidos de cirurgia, restando 3.200 solicitações que serão agendadas até o dia 31 de outubro e que poderão ser executadas até o dia 30 de novembro.
Recorde
Com essa agilidade, a média de execução de cirurgias eletivas que anualmente é de 7.700 foi ultrapassada pelo ‘Opera MS’, que teve 8.800 procedimentos agendados no período de abril a setembro deste ano, superando a média anual em seis meses de execução do projeto.
“Considerando que, em razão de dificuldades operacionais, quer seja pela própria reconfiguração dos hospitais na retomada à assistência pós Covid, quer seja pela falta e escassez de insumos, assim como os preços elevados de itens básicos como a dipirona e o soro fisiológico, a efetiva produção do programa firmou-se a partir de abril de 2022”, explica o secretário estadual de Saúde Flávio Britto.
“Contando então com seis meses de programa, até o mês de setembro, conseguimos realizar o equivalente a um ano de produção de cirurgias eletivas, compensando parcialmente os problemas deixados, ou agravados, pela pandemia”, complementa o secretário.
A afirmação baseia-se em levantamento feito pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), onde em série histórica de Mato Grosso do Sul mostra que nos anos pré-pandemia (2017-2019) a média era de sete mil cirurgias eletivas anuais como produção em todas as unidades hospitalares ligadas ao SUS.
Os agendamentos de cirurgias do ‘Opera MS’ referem-se, em sua maioria, às especialidades de cirurgia geral, otorrinolaringologia e cirurgia ginecológica. Em relação aos números de pacientes em fila, “o que se tem são números que oscilam constantemente, visto ser a saúde dinâmica e demanda inesgotável”, explica Flávio Britto.
“A intenção é que se chegue o mais próximo possível das necessidades da população no que diz respeito ao tempo de espera nessas filas, o que nos permitiria chegar em tempo oportuno para se fazer também prevenção à saúde e não somente tratamento. O governador Reinaldo Azambuja também foi muito sensível a essa questão quando nos fez este pedido e os números demonstram que a decisão foi assertiva, beneficiando toda a população e sacramentando de vez, a regionalização da Saúde”, destaca o titular da Saúde.
‘Examina MS’
Quando pensamos no projeto ‘Examina MS’, os números também são expressivos e conseguiu-se movimentar as filas de exames de maior complexidade como ressonâncias nucleares magnéticas e tomografias computadorizadas.
Desta forma foram solicitados pelos municípios até o momento 56 mil exames e já agendados 46 mil procedimentos diagnósticos. “Tivemos ofertas ainda de exames com agendas bem escassas no Estado como eletroneuromiografia, punções de mama, cintilografias e cateterismo cardíaco, que continuarão a ser executadas até dia 30 de novembro, assim como o projeto ‘Opera MS’, revela Britto.
Covid-19
A pandemia da Covid- 19 causou forte impacto na Rede de Serviços do Sistema Único de Saúde-(SUS) de Mato Grosso do Sul, com a organização da assistência à saúde, em todos os níveis de atenção, voltada para o enfrentamento da Covid-19, na abertura de novos leitos de UTI Covid, recursos humanos desviados das funções originais para o atendimento a Covid-19, vigilância em saúde e ações continuadas de imunização.
Houve repercussão expressiva nas estruturas de prestação de serviços de média e alta complexidade, uma vez que foi necessário restringir leitos cirúrgicos para disponibilizá-los para os pacientes com Covid-19, gerando filas represadas de cirurgias e exames de especialidades.
Para fazer frente a essa situação, o Governo do Estado desenvolveu o projeto para Retomada da Assistência Eletiva à Saúde em Mato Grosso do Sul, dando continuidade na Caravana da Saúde – com os projetos ‘Opera MS’ e ‘Examina MS’ -, que se constituem em estratégias para retomada e ampliação do acesso aos Procedimentos Cirúrgicos Eletivos e aos Procedimentos com finalidade Diagnóstica no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado de Mato Grosso do Sul.